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Notícia - Mulheres representam 20% da força de trabalho do setor automotivo
16/06/2025 Mulheres representam 20% da força de trabalho do setor automotivo
Pesquisa apresentada na Fiesp mostra que a presença feminina vem crescendo, mas em cargos de liderança é de apenas 5%
A presença feminina no setor automotivo brasileiro tem avançado, mas ainda é muito inferior à dos homens. De acordo com a pesquisa “Diversidade no setor automotivo 2023â€, da Automotive Business, as mulheres representam 20% da força de trabalho do setor, com apenas 5% em cargos de liderança.
Esses dados foram apresentados por Paula Braga, CEO da Automotive Business, plataforma de conteúdo voltada para as lideranças e futuras lideranças do setor automotivo e da mobilidade, na reunião do Conselho Superior Feminino (Confem) da Fiesp, realizada na segunda-feira (9/6), sob a coordenação da presidente Marta Livia Suplicy.
Segundo Paula Braga, um dos principais obstáculos à equidade de gênero na indústria automotiva é a desigualdade salarial. A pesquisa revela que entre estagiários, mulheres recebem em média 0,8% menos do que seus colegas homens. Em cargos de alta liderança como vice-presidência e presidência essa diferença chega a 33,8%.
A desvantagem é bem maior do que a identificada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que mostra que as mulheres recebem 16% a menos do que os homens globalmente. “A desigualdade salarial no setor automotivo brasileiro é mais que o dobro da média mundial em posições de liderançaâ€, afirmou Paula Braga.
Ela também destacou o papel da mulher como tomadora de decisão no mercado consumidor. Estima-se que 70% das compras de veÃculos no Brasil são influenciadas por elas. “Nas famÃlias brasileiras, as mulheres seguem como as maiores responsáveis por tomar a decisão de compra do carro, o que coloca a indústria automotiva em descompasso com o próprio público-alvoâ€, disse.
Segundo Paula, a indústria automotiva é um segmento relevante e responde por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro, e gera cerca de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos.
Apesar dos desafios, afirmou Paula, há avanços importantes sendo registrados. Em 2019, apenas 38% das empresas do setor automotivo adotavam ações voltadas à redução da desigualdade salarial de gênero. Esse Ãndice subiu para 52% em 2021. Já o número de empresas com orçamento especÃfico para diversidade e inclusão saltou de 34% em 2019 para 81% em 2025.
Fonte: Fiesp
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