O relógio inteligente
Galaxy Gear, apresentado nesta quarta-feira (4) em Berlim pela Samsung, se
encaixaria no passado em uma categoria chamada extraoficialmente de
"cebolão" (relógios de pulso grandões). O tamanho se justifica não
por uma questão de estilo, mas sim pelas funções exercidas pelo smartwatch.
Com o lançamento
previsto para 25 de setembro a US$ 299 (cerca de R$ 740) nos Estados Unidos e
outros 149 paÃses (não há informações sobre o Brasil), a Samsung marca sua
entrada no segmento relógios inteligentes – até então, a única grande
fabricante neste mercado era a Sony. Outros representantes do setor, que em
breve deve ganhar adesão da Apple, são o Pebble e o Im.
O Gear permite que o
usuário mantenha seu smartphone (também da linha Galaxy) no bolso, enquanto o
comanda a distância. Dá, por exemplo, para fazer e receber chamadas, visualizar
mensagens e rodar alguns poucos aplicativos adaptados para sua telinha de 1,63
polegadas.
Um recurso interessante
é a câmera com 1,9 megapixels posicionada na parte externa da pulseira – na tela
sensÃvel ao toque do relógio, o usuário visualiza a imagem a ser clicada. Para
impedir fotos "indiscretas", a Samsung desabilitou a possibilidade de
deixar o som de disparo mudo quando a foto é tirada com esse tipo de comando.
Além disso, um microfone
acoplado ao fecho permite falar ao telefone posicionando a mão do relógio na
orelha. O gesto, um tanto infantil, possivelmente não seria adotado pelo
estiloso espião James Bond.
Apesar dos recursos, é
importante frisar que, sozinho, o gadget não vai muito além de mostrar as
horas, navegar na internet e rodar programinhas simples – algo que não
justifica seu tamanho, a não ser que o usuário aprecie tanto os
"cebolões" quanto os apresentadores Faustão e Adriane Galisteu.
Ou seja: trata-se, sim,
de um eletrônico vestÃvel, como insistiu a Samsung em sua apresentação. Mas
nesse guarda-roupa futurista também precisa haver a gaveta do smartphone, para
que o uso do relógio se justifique.