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Notícia - Empresa é condenada por não oferecer sanitários e chuveiros
31/03/2023 Empresa é condenada por não oferecer sanitários e chuveiros
Empresa é condenada por não oferecer sanitários e chuveiros com privacidade e higiene para empregado.
Uma companhia do setor de engenharia foi condenada a pagar R$ 10 mil em indenização a um trabalhador que usava banheiros e chuveiros sem privacidade e condições dignas de higiene. A decisão é da 14ª Turma do TRT da 2ª Região, confirmando sentença do juÃzo de origem.
Segundo o empregado, os banheiros eram “imundos†e sem portas, de forma que todos os trabalhadores viam os demais nus quando utilizavam as dependências para as necessidades diárias. Os autos confirmam que nem todas as cabines sanitárias e para chuveiros possuÃam portas e revelam, ainda, que os empregados ficavam sem roupa, enfileirados, esperando pela vez de tomar banho. Eram cerca de 150 a 300 pessoas no mesmo horário, para utilizar 24 boxes de banho e 12 vasos em um vestiário limpo apenas uma vez ao dia.
A defesa, por sua vez, negou ter praticado ato ilÃcito e afirmou sempre ter tomado todas as medidas cabÃveis para fornecer ambiente adequado aos empregados. Também alegou que o reclamante não possui qualquer prova das condições degradantes, embora o homem tenha levado prova testemunhal cuja versão foi acatada pelo juÃzo.
Segundo o desembargador-relator Davi Furtado Meirelles, trata-se de uma situação propÃcia para piadas, bullying e outras formas de constrangimento, ficando claro que tais condições ferem o inciso X do artigo 5º da Constituição Federal, segundo o qual "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".
Para o magistrado, “por qualquer ângulo que se olhe a questãoâ€, a empresa não comprovou que fornecia condições adequadas e com higiene suficiente para que o profissional pudesse usar o banheiro ou tomar banho com privacidade, de forma a manter sua privacidade. Assim, conclui-se que “foi submetido a condição degradante, restando clara a configuração de dano moral perpetrado pela empresa reclamadaâ€.
(Processo nº 1000435-20.2022.5.02.0255)
Fonte: ww2.trt2.jus.br
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